BNDES aprova R$ 123 milhões para construção de instituto de inovação do SENAI em Minas
Projeto trará ao Brasil infraestrutura de P&D integrada ao setor industrial e de testes em equipamentos eletroeletrônicos similar à de EUA, Canadá e Europa Anúncio foi feito em Belo Horizonte pelo presidente do Banco, Paulo Rabello, na inauguração da Agência de Desenvolvimento da Indústria Criativa P7

Foto: Sebastião Jacinto/FIEMG
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 122,8 milhões para o projeto de implantação do Instituto SENAI de Inovação – Centro Empresarial de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (ISI-CEDIIEE), na cidade mineira de Itajubá.
O anúncio foi feito pelo presidente do Banco, Paulo Rabello de Castro, em encontro com representantes do setor produtivo local na Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). Rabello está no Estado para cumprir agenda que inclui a inauguração, nesta quarta, 16, do P7 Criativo, Agência de Desenvolvimento da Indústria Criativa de Minas Gerais, uma parceria entre o Governo local, o Sebrae e a FIEMG.
A operação anunciada pelo presidente do Banco integra o apoio do BNDES ao Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, cujo objetivo é investir na implantação e modernização de Institutos SENAI de Inovação, Institutos SENAI de Tecnologia, Centros de Formação Profissional e aquisição de novas unidades móveis. O projeto ISI-CEDIIEE prevê a instalação de um complexo composto de quatro laboratórios para a realização de testes de Alta Tensão, Alta Potência, Elevação de Temperatura e Ensaios Mecânicos.
Os dois primeiros laboratórios, de maior porte e investimentos, terão fundamental importância na área de P&D, permitindo à indústria brasileira desenvolver novos equipamentos e sistemas, comparáveis com as tecnologias benchmarkings no mundo.
Além disso, os testes serão utilizados para desenvolvimento e certificação de equipamentos elétricos e eletrônicos, tais como transformadores de potência, disjuntores, transformadores para instrumentos, chaves, seccionadoras, isoladores, cabos e seus acessórios, painéis e componentes.
Poucos países contam com infraestrutura similar de P&D integrada ao setor industrial e a realização de testes em equipamentos elétricos e eletrônicos como os previstos no ISI-CEDIIEE. Entre eles, podem-se citar EUA, Canadá e países da Europa Ocidental.
O Brasil tem importante e diversificada base industrial de fornecedores da cadeia elétrica, que pode se beneficiar da nova infraestrutura. O ISI-CEDIIEE poderá elevar a competitividade e inserção externa dessas empresas, incentivando geração de empregos qualificados e impulsionando atividades de P,D&I.
Itajubá - A escolha de Itajubá para o projeto levou em conta fatores como boa infraestrutura logística (conexão com a BR-459), existência de um conjunto significativo de indústrias do setor elétrico e eletrônico em regiões próximas e proximidade a universidades e centros de pesquisa, o que provê acesso a mão de obra qualificada. A localização de subestação da CEMIG na região, que assegura suprimento alternativo de energia, também foi importante para a escolha.
Paradigma – A estruturação do Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira representou uma mudança de paradigma na atuação do SENAI, que, já tradicional em educação profissional e tecnológica, passa a ser importante indutor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e indução de tecnologias através dos Institutos SENAI de Inovação e Institutos SENAI de Tecnologia. Com assessoria do instituto alemão Fraunhofer IPK e do Massachussets Institute of Technology (MIT), o objetivo é construir um ecossistema de inovação mais amplo nos níveis regional, nacional e internacional, de forma a atuar com padrão internacional de excelência.