Suspensão de pagamentos ao BNDES já liberou R$ 9 bilhões a mais para o caixa das empresas
Cerca de 74 mil operações de financiamento tiveram parcelas adiadas, beneficiando quase 27 mil empresas nacionais que empregam mais de 2 milhões de pessoas
Medida visa à promoção de alívio financeiro imediato às empresas afetadas pela crise provocada pela pandemia
Anunciada em março pelo presidente Gustavo Montezano entre as primeiras medidas emergencias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o enfrentamento imediato aos impactos da pandemia do coronavírus no Brasil, a suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos já beneficia quase 27 mil empresas, passando da marca dos R$ 9 bilhões. Estima-se que essas empresas empreguem mais de 2 milhões de pessoas. A ação possibilita, por um prazo de até seis meses, a suspensão de amortizações, tanto em operações contratadas diretamente com o BNDES, quanto em indiretas, realizadas por meio de instituições financeiras credenciadas.
Até o momento, em operações indiretas, estão contemplados mais de 26,5 mil clientes, num valor total que supera os R$ 3 bilhões. Dentre as empresas beneficiadas, 21,5 mil são micro (cuja renda anual é de até R$ 360 mil) e pequenas (renda anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões). O setor de comércio e serviços responde por 80% do valor total das suspensões, seguido pelo setor de indústria de transformação (19%). Estima-se que as empresas beneficiadas respondam por, aproximadamente, 1,7 milhão de empregos.
Em operações diretas, o valor total de suspensões alcança R$ 6 bilhões, beneficiando 349 empresas. O setor de infraestrutura concentra 57% do valor total suspenso, seguido pelo setor industrial (32%) e de comércio e serviços (9%). Estima-se que essas empresas empreguem cerca de 338 mil pessoas.
Linha deu fôlego a empresa centenária catarinense
A empresa catarinense Bebidas Leonardo Sell Ltda, fundada em 1905 pelo empreendedor de origem alemã Alfredo Sell, é uma das companhias que aderiram à medida de suspensão de pagamentos com o banco. Sediada no município de Rancho Queimado (SC), a 60 quilômetros de Florianópolis, a fabricante do Guaraná Pureza, tradicional refrigerante de Santa Catarina, é uma das mais antigas do país.
"Somos uma indústria de refrigerantes, e, por estarmos situados na área de alimentação e bebidas, estamos mantendo as atividades da empresa, mas houve uma redução de faturamento na ordem de 40% nos últimos dois meses. Medidas que nos levam a manter nossas disponibilidades, como esta de suspensão do pagamentos ao BNDES, estão nos dando suporte para conseguirmos tocar a empresa.”, diz Sérgio Murilo Sell, diretor jurídico e bisneto do fundador. A empresa conta com um financiamento indireto junto ao BNDES, contratado via instituição financeira credenciada.
Conforme mencionado por Arthur de Rezende Pinto, gerente do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, “nosso objetivo com a Linha de Renegociação Emergencial ou suspensão de pagamentos de parcelas dos contratos foi dar alívio ao caixa das empresas. Em função da crise provocada pela epidemia, muitas delas têm se deparado com redução no faturamento e dificuldade em honrar seus compromissos”.
Sobre o BNDES
Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.
Serviço:
Conheça as medidas emergenciais que o BNDES já anunciou no combate aos impactos econômicos e sociais da pandemia do coronavírus.
Informações atualizadas sobre o desempenho das medidas emergenciais.