Restauração Ecológica

14/06/2017

A Mata Atlântica é a “casa” de muitos brasileiros e se distribui por 17 estados, desde o Piauí até o Rio Grande do Sul, estando presente também em porções de países vizinhos como Paraguai e Argentina. Este domínio – e domicílio de cerca de 72% da população do País – configura-se como um dos ecossistemas mais estudados e surpreendentes do mundo.

Diferentes tipos de vegetação compõem a Mata Atlântica: florestas ombrófilas densa, matas de araucárias, florestas estacionais deciduais e semideciduais e ainda campos de altitude, que são campos naturais que ocorrem no topo de montanhas das regiões Sul e Sudeste. Parte das restingas e manguezais presentes na costa brasileira também são considerados ecossistemas associados à Mata Atlântica.

As agressões ao bioma começaram ainda no período de colonização, quando a área atingia 1.315.460 quilômetros quadrados do território nacional. Hoje restam menos de 12% da área original. É importante ressaltar que esta foi a primeira porção do Brasil com o qual os europeus tiveram contato por praticamente mais de um século.

Um estudo recente trouxe um dado alarmante mostrando que as agressões sofridas desde o período da colonização do Brasil ainda não cessaram: entre os anos de 2015 e 2016, o desmatamento da área aumentou cerca de 60%.

A riqueza da biodiversidade da Mata Atlântica é reconhecida desde o descobrimento. A Carta de Pero Vaz de Caminha, datada de maio de 1500, retrata o ecossistema e traz citações sobre alguns animais de ocorrência no Sul da Bahia, a exemplo da arara-vermelha-grande (Ara chloropterus). A espécie é mencionada por Caminha como uma ave grande e formosa, e atualmente encontra-se extinta no leste do Brasil.

Desde cedo, as aves despertaram a atenção dos estrangeiros que chegavam às terras brasileiras. Não à toa, com o passar dos anos, muitos naturalistas iniciaram estudos e pesquisas sobre as espécies que eram encontradas na Mata Atlântica.

A distribuição das espécies, aliás, ajuda a explicar a riqueza e abundância da Mata Atlântica e reflete a importância dos diversos conjuntos florestais que a compõem. Além de ser o “quintal” da maioria dos brasileiros, o bioma é abrigo para milhares de animais. Ao todo são 20 mil espécies de plantas, 298 espécies de mamíferos, 200 répteis, 370 anfíbios, 350 peixes e 891 espécies de aves que vivem nesse ambiente, o que torna este ecossistema imponente e único.

 

*Publicado originalmente no site G1 
 

 
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