Óleo, gás, cadeia produtiva de P&G e bens de capital sob encomenda


No setor de óleo e gás, o Banco esteve presente em toda a cadeia do petróleo, da E&P (exploração e produção) à distribuição. Em 2011, foi aprovada operação de financiamento de longo prazo para a Petrobras visando à construção e implantação de plataforma de produção de gás natural e condensado no Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos. No segmento de refino, o BNDES apoiou novo projeto da Alberto Pasqualini – Refap S.A., financiando o valor de R$ 1,1 bilhão, com o objetivo de adequar sua produção à nova legislação ambiental, viabilizando o abastecimento do mercado nacional com diesel de baixo teor de enxofre, além de projeto social no valor de R$ 5 milhões. Na etapa de distribuição, foi contratada operação da empresa Liquigás Distribuidora S.A. para ampliação e modernização de seus centros de engarrafamento de GLP, no valor de R$ 130 milhões.

Impulsionada pelo robusto Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras, que totaliza US$ 224,7 bilhões para o período, e pelas exigências da Agência Nacional de Petróleo (ANP) quanto ao conteúdo local mínimo para empreendimentos em exploração e produção, a indústria doméstica de petróleo e gás natural (P&G) mostrou-se, ao longo ano de 2011, fortemente direcionada ao desenvolvimento de sua cadeia de fornecedores nacionais de bens e serviços.

Dentre as diversas ações realizadas para a estruturação de uma cadeia de supridores locais competitiva internacionalmente, destaca-se a criação do Programa BNDES P&G, o qual tem como objetivo buscar soluções para alguns dos entraves do setor, tais como o custo do capital e a dificuldade de acesso e à tecnologia de ponta. Com dotação de R$ 4 bilhões e vigência até 31 de dezembro de 2015, o programa já recebeu 16 propostas de projetos em menos de seis meses, das quais oito já foram enquadradas pelo BNDES.
 
O programa foi concebido tendo como base as necessidades do mercado local, principalmente no que tange às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que perfazem aproximadamente 85% das empresas da cadeia de fornecedores de P&G no país. Ademais, encontra-se alinhado com o Plano Brasil Maior do Governo Federal, que define políticas para o desenvolvimento industrial no país.

As encomendas à indústria naval têm demandado investimentos em ampliação e modernização de estaleiros existentes, bem como em implantação de novas unidades.

Os instrumentos de política industrial adotados pelo governo brasileiro para o desenvolvimento da indústria de construção naval também vem impulsionando as atividades do setor nos últimos anos. Em 2011, diversas encomendas foram realizadas aos estaleiros, em especial navios petroleiros e embarcações de apoio marítimo, contratadas no âmbito dos programas Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), Empresa Brasileira de Navegação (EBN) e Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam). Além dessas embarcações, foram contratadas, pela Petrobras, sondas de perfuração e plataformas de produção a serem construídas no Brasil.

O Fundo de Marinha Mercante (FMM) definiu, em 2011, prioridade de financiamento para 276 projetos de construção de embarcações e de construção e expansão de estaleiros, investimentos que devem se realizar nos próximos anos.

O BNDES aprovou o financiamento do novo estaleiro da Wilson Sons Estaleiros Ltda., no município de Rio Grande (RS), no valor de R$ 234 milhões, incluindo investimentos sociais de R$ 800 mil, e autorizou a concessão de empréstimo-ponte de R$ 400 milhões à OSX Construção Naval para a implantação de um estaleiro em São João da Barra (RJ). Foram contratados, ainda, financiamentos para aquisição de embarcações, destacando-se as embarcações de apoio marítimo do armador Deep Sea Supply Navegação Marítima Ltda. no valor de R$ 120,8 milhões, e para a produção de embarcações de apoio marítimo pelo estaleiro STX OSV Niterói S.A., no valor de R$ 380,5 milhões.