Energia eólica


Em 2011, o total de financiamentos aprovados para a geração eólica de energia foi de R$ 3,4 bilhões, representando um crescimento de 173%, em relação a 2010. Foram financiados 43 parques eólicos, com capacidade instalada de 1.160 MW e investimento total da ordem de R$ 5,3 bilhões. Cabe ressaltar que, com o sucesso dos leilões de fontes alternativas e de energia de reserva, e do 13º Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração (Leilão A-5, de 2011), a perspectiva é de um crescimento ainda mais expressivo em 2012.

É importante mencionar ainda que os parques eólicos apoiados pelo BNDES são desenvolvidos de forma a minimizar os impactos ambientais decorrentes de sua construção e a potencializar os benefícios advindos de sua implantação. São trabalhados sob a ótica da Política de Entornos do BNDES, com investimentos sociais que contribuem para o desenvolvimento territorial sustentável e que contam com a participação dos governos locais, sociedade local e demais lideranças que participaram na discussão de propostas dos investimentos e participam da implantação dos projetos.

Os contratos de financiamento celebrados entre o BNDES e os empreendedores responsáveis pela construção dos parques eólicos foram estruturados incluindo valores destinados a investimentos sociais, totalizando R$ 26 milhões, a serem utilizados com o intuito de promover, no âmbito da comunidade local: (a) formação de mão de obra especializada nas comunidades locais; (b) investimentos na infraestrutura local; (c) diversificação da economia local; (d) estímulo à atração de novas atividades econômicas nos municípios sede dos empreendimentos; e (e) investimentos em programas ambientais para conscientização das comunidades locais.

A maior parte dos empreendimentos eólicos será construída no semiárido nordestino, região cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) situa-se abaixo da média do Nordeste.

Vislumbrando o potencial de crescimento da geração eólica no país, novos fabricantes de aerogeradores credenciaram-se no cadastro de fabricantes do BNDES para fornecer equipamentos, nos níveis de nacionalização exigidos pelo BNDES, a saber: Acciona, Alstom, IMPSA, Gamesa, GE, Siemens, Suzlon, Vestas, Wobben e WEG.

A presença desses novos fabricantes trouxe maior competitividade ao segmento de geração eólica, o que vem permitindo significativa redução do valor de investimento, por MW instalado e uma trajetória de queda de custos da energia comercializada, conforme pode ser verificado nos resultados dos últimos leilões de fontes alternativas e energia de reserva. O preço da energia comercializada, proveniente dos parques eólicos, caiu de R$ 305/MWh, em 2005, para R$ 100,9/MWh, em 2011, o que representa uma contribuição relevante para a promoção da modicidade tarifária.

Entre as operações aprovadas no ano de 2011, destacam-se as realizadas com os grupos Renova Energia, Serveng, IMPSA, Enerfin, DESA, Contour Global, EDP e Galvão.