BNDES apresenta a evolução das cinco metas da atual administração
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, apresenta nesta quarta-feira, 14, a evolução das cinco metas estabelecidas para o Banco em julho: ampliação da transparência, reposicionamento da carteira acionária, devolução de recursos ao Tesouro Nacional, planejamento trienal e foco na prestação de serviços.
1 - BNDES Aberto – O BNDES está lançando uma campanha digital, nas redes sociais e por meio de um hotsite, com informações sobre todas as suas operações, de forma transparente e acessível. Por meio desse hotsite, dúvidas poderão ser esclarecidas e perguntas serão respondidas. Para virar essa página, o BNDES Aberto traz dez ações que melhoram efetivamente a transparência do Banco e aprimoram seu compliance:
• acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR) prevendo o compartilhamento de informações de pessoas físicas e jurídicas que mantêm relacionamento com o Banco;
• adoção de rotinas automáticas para viabilizar o cruzamento de informações de outros órgãos públicos, agilizando também o processo de análise dos clientes;
• criação de diretoria de Compliance;
• implantação de Corregedoria interna, em alinhamento com as melhores práticas de mercado e com orientações da Controladoria-Geral da União (CGU);
• contratação de auditoria forense externa visando ao fortalecimento da cooperação com órgãos de controle;
• lançamento de hotsite e nova ferramenta de busca facilitada sobre dados de operações do BNDES;
• publicação de plataforma relacionando os desembolsos do Banco aos sete Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) considerados prioritários (saúde e bem-estar; educação de qualidade; água potável e saneamento; energia limpa e acessível; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; e vida terrestre);
• adesão à Política Nacional de Dados Abertos, que prevê a disponibilização de informações de suas bases de dados para a livre utilização pela sociedade;
• compartilhamento de empregados com outras instituições de governo;
• reposicionamento da carteira de mercado de capitais.
2 - Reposicionamento da carteira acionária – Recentemente, o BNDES atualizou sua Política de Atuação em Mercado de Capitais, que aproxima a instituição das melhores práticas de mercado. Nela, estão estabelecidas as principais técnicas utilizadas pelo Banco para a valoração de ativos, que deverão ser aplicadas de forma combinada em operações associadas a participações com valor estimado em mais de R$ 1 bilhão. Esses desinvestimentos em companhias com participações mais elevadas também deverão ser submetidos ao Conselho de Administração. Outra iniciativa relacionada à atuação do BNDES em mercado de capitais é a alteração no limite do indicador VAR (Value at Risk), que tem como finalidade alinhar a exposição ao risco de sua carteira de ações aos padrões praticados pelo mercado.
3 - Devoluções ao Tesouro – O BNDES cumpriu a meta de adiantamento de recursos ao Tesouro, atingindo o volume de R$ 100 bilhões antecipados no ano, até hoje. O valor deve chegar a R$ 123 bilhões neste ano – frente aos R$ 26 bilhões estabelecidos contratualmente antes do início das antecipações. Com o pagamento antecipado, tanto o serviço de amortização quanto o de juros foram reduzidos em cerca de R$ 3 bilhões. Além disso, o BNDES pagará R$ 9 bilhões ao Governo Federal a título de adiantamento de dividendos. Assim, os recursos pagos ao Tesouro chegarão a R$ 132 bilhões em 2019.
4 - Banco de serviços – A atual gestão está reposicionando o BNDES de forma a reforçar sua atuação como um banco a serviço do Estado brasileiro, apoiando-o com ideias, ferramentas financeiras, modelagem e articulação com ministérios, Estados e municípios. Nesse modelo, a instituição trabalha junto às administrações públicas para estruturar projetos que beneficiem diretamente a população, como saneamento básico, segurança e iluminação pública.
Para tanto, foram reforçadas as áreas dedicadas ao relacionamento com os governos, às parcerias de investimento e à estruturação de empresas e desinvestimento. Em julho, o BNDES atuava na privatização de sete estatais e detinha uma carteira de 31 projetos, com investimentos estimados em R$ 83 bilhões. Hoje, o Banco assessora a privatização de 20 estatais, além de trabalhar na estruturação de 60 projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), cujo investimento total é estimado em R$ 191 bilhões. Esses projetos devem ser lançados no mercado nos próximos três anos.
O BNDES poderá apoiar com crédito essas iniciativas. A sua contribuição inovadora se dará por meio da experiência na montagem das estruturas financeiras. Essa ação consiste, por exemplo, em detalhar fontes de recursos, atrelar liberações de financiamento a entregas de etapas específicas e utilizar seu conhecimento na avaliação de risco. Isso vai dar mais segurança para investidores e financiadores, contribuindo para atrair recursos necessários para viabilizar os projetos.
5 - Plano trienal – O BNDES definiu uma nova metodologia de seu planejamento estratégico. Anteriormente, o planejamento era formulado a partir de horizontes de um ou cinco anos, com metas estabelecidas em termos de volume desembolsado. O novo planejamento estabelecerá metas de três anos focadas nas entregas para a sociedade, como, por exemplo, ampliação da capacidade de geração de energia e aumento do acesso a serviços de esgotamento sanitário. As metas também estarão associadas aos ODSs. O plano trienal será concluído ainda neste ano.