BNDES e BID celebram linha de crédito de até US$ 2,4 bilhões
Primeiro programa será de US$ 900 milhões para apoiar energias renováveis no Brasil
Paulo Rabello de Castro e Alexandre Meira da Rosa assinam convênio na representação do BNDES em São Paulo
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, e o vice-presidente de Países do BID, Alexandre Meira da Rosa, celebram nesta sexta-feira (10/11), em São Paulo, convênio de linha de crédito condicional no valor de US$ 2,4 bilhões. O objetivo do convênio é promover a produtividade brasileira mediante o financiamento de médio e longo prazo a investimentos privados em projetos de infraestrutura, de energia sustentável, e projetos produtivos das pequenas e médias empresas.
No marco do convênio, também foi assinado o primeiro contrato de empréstimo para o Programa de Financiamento para Energia Sustentável, cujo valor totaliza US$ 900 milhões, sendo US$ 750 milhões provenientes do BID e US$ 150 milhões aportados como contrapartida do BNDES.
A maior parte dos recursos desse primeiro contrato de empréstimo será alocada em projetos de geração de energia eólica e tem potencial para financiar investimentos em capacidade instalada que superam os 600 MW.
O BID é historicamente o principal credor internacional do BNDES. Atualmente, o BNDES possui seis operações ativas com o BID, cujo saldo devedor, em junho de 2017, era de R$ 10,6 bilhões. Esse valor representa 55% do saldo total de captações externas realizadas pelo BNDES junto a organismos internacionais.
O relacionamento entre as instituições iniciou-se em 1964 e resultou, até então, na celebração de 21 contratos, com valor histórico que totaliza mais de US$ 8 bilhões. O último contrato de empréstimo foi celebrado em dezembro de 2010, no valor de US$ 1 bilhão, destinado ao apoio de projetos implementados por micro, pequenas e médias empresas.
A presente operação é resultado do memorando de entendimento celebrado em 2016, que formalizou a cooperação entre as instituições em diversas áreas, dentre as quais se destacam:
- “Financiamento verde”, incluindo, mas não se limitando às energias renováveis, eficiência energética e estruturação de títulos verdes (green bonds);
- Cofinanciamento de projetos estratégicos e estruturação de instrumentos que promovam a alocação de recursos privados, tais como a estruturação de mecanismos de garantia tanto pública como privada e de mercado de capitais; e
- Cofinanciamento a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), preferencialmente orientadas à modernização, ampliação de capacidade, inovação, tecnologia da informação e às tecnologias digitais, que contribuam para o aumento da produtividade e competitividade das MPMEs.