Com apoio de BNDES e Fundação Raízen, escolas públicas de 90 municípios terão programa de capacitação
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Raízen, instituição sem fins lucrativos, vão destinar R$ 16,2 milhões para o programa Ativa Educação. A iniciativa, cujo edital foi lançado nesta sexta-feira, 22, visa capacitar profissionais de escolas públicas em 90 municípios do País.
As formações ocorrerão em modelo híbrido e visam aprimorar a gestão escolar, bem como contribuir para que professores apliquem novas práticas pedagógicas, em linha com os critérios requeridos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Metade dos recursos virá de apoio financeiro não reembolsável do BNDES, por meio do seu Fundo Socioambiental, cujo foco são projetos de inclusão social que melhorem as condições de vida das populações de baixa renda e em situação de vulnerabilidade. Os 50% restantes serão aportados pela Fundação Raízen.
As inscrições para o programa Ativa Educação vão até o dia 10 de outubro e podem ser feitas por Secretarias Municipais de Educação ou Diretorias Regionais de Ensino pelo site editalativaeducacao2023.prosas.com.br.
O programa prevê, de 2024 a 2027, o atendimento direto a 405 escolas e a replicação dos conhecimentos desenvolvidos em outras 630, na totalidade dos municípios participantes.
A metodologia do Ativa Educação propõe atuar em diferentes frentes. Inicialmente, está prevista a realização de diagnósticos da gestão escolar e do potencial de mobilização comunitária das escolas, que mapearão boas práticas e desafios considerando o contexto do território.
“Para o BNDES, a redução das desigualdades passa pela melhoria da qualidade da Educação Básica brasileira”, disse Celina Tura, chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do Banco.
“Além disso, o BNDES tem incentivado os clientes a expandirem ações para além de suas áreas de influência. O edital do Ativa Educação, ao permitir que municípios de todos os estados do Brasil participem da seleção - atingindo, assim, as populações mais necessitadas -, se insere nesse contexto”, completou.
Sob a liderança de um professor em cada instituição e com o apoio de educadores especialistas do Programa, serão realizadas ações de mobilização comunitária, com foco no melhor acolhimento dos estudantes.
Como forma de inspiração, compartilhamento de conhecimentos e promoção de engajamento, as escolas deverão contar com a participação de ex-alunos, familiares e demais atores-chave.
As instituições que receberem as formações deverão replicar a metodologia para outros ambientes de ensino dos territórios contemplados, contribuindo para a manutenção de um legado nos municípios.
Todo o processo será realizado em parceria com organizações especialistas em educação socioemocional e mobilização comunitária. Uma avaliação externa do Programa analisará a compreensão e o atingimento dos resultados.
“O objetivo do Ativa Educação é tornar a jornada formativa dos estudantes mais atrativa, para que finalizem seus estudos”, explicou Fernanda Ferraz, gerente de Performance Social na Raízen e diretora executiva da Fundação Raízen.
“O jovem que não conclui a educação básica permanece submetido a uma situação de maior vulnerabilidade socioeconômica ao longo da vida, e as questões socioemocionais influenciam na tomada de decisão desse estudante em permanecer ou não na escola. Para formá-lo com qualidade, é necessário preparar seus formadores”, concluiu.