Com apoio do BNDES, ICMBio conclui leilão da concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
O Parques Fundo de Investimento em Participações (FIP) em Infraestrutura foi o vencedor do leilão de concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT), realizado nesta quinta-feira (22), na B3, em São Paulo. O fundo apresentou proposta de R$ 1,009 milhão, 9% superior ao valor mínimo de R$ 925.809,42 definido em edital.
O novo concessionário deve investir em torno de R$ 220 milhões em obras de infraestrutura, melhorias no atendimento ao público, monitoramento da biodiversidade e ações destinadas à dinamização das economias locais das cidades do entorno do parque. A concessão tem duração de 30 anos.
“Este leilão é um exemplo vivo da transformação que está ocorrendo no setor da bioeconomia brasileira, tornando os nossos ativos ambientais econômica e ambientalmente sustentáveis”, afirma o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Segundo ele, “o setor da bioeconomia de parques e florestas é um setor que traz educação ambiental, traz desenvolvimento regional, traz consciência ecológica, desenvolve a cadeia do turismo e preserva a nossa história, preserva a nossa cultura”.
O projeto de concessão prevê a prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, incluindo o custeio de ações de apoio à conservação, proteção e gestão.
Estruturado pela Fábrica de Projetos do BNDES, em parceria com o ICMBio, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério do Turismo (MTur), utilizando estudos realizados pelo Consórcio Carcará Parque Brasileiros, o projeto contou com ampla participação social. Além da consulta pública, foram realizadas audiências públicas nas cidades de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
Sobre o parque – O Parque Nacional está localizado no cerrado de Mato Grosso, no centro geodésico da América do Sul, nos municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a poucos quilômetros do centro da capital. Além de forte apelo turístico, o parque ajuda a proteger uma importante área remanescente de cerrado, situada entre os biomas do Pantanal e da Amazônia e também faz parte da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, protegendo as cabeceiras do rio Cuiabá, um dos principais formadores do Pantanal Mato-grossense. Além da importância hídrica, protege o habitat de espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-pintada.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – O ICMBio publicou, nesta quinta-feira (22), consulta pública para a concessão do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, localizado na região serrana do Rio de Janeiro. Até 19 de março de 2023, qualquer interessado poderá consultar documentos, encaminhar dúvidas e dar sugestões sobre o projeto, que vai ampliar os serviços de apoio à visitação de atrativos e instalações. As contribuições poderão ser feitas e as informações poderão ser obtidas por meio do endereço http://web.bndes.gov.br/pesquisa/index.php/773382?lang=pt-BR.
O BNDES e a concessão de parques — Esse foi o oitavo leilão de parques realizado pelo BNDES. Nessa quarta-feira (21), foi realizado o leilão da concessão dos Parques Estaduais do Ibitipoca e Itacolomi (MG). A carteira atual do Banco conta com outros 39 projetos de estruturação de parques nacionais, estaduais e municipais. Em março deste ano, foi realizado o leilão da concessão do Parque Nacional do Iguaçu. Em seguida, vieram os parques estaduais do Caracol e do Tainhas, situados no Rio Grande do Sul, que contaram com um primeiro leilão de parques subnacionais do BNDES, bem-sucedido e competitivo. Já o quarto e o quinto parques foram, respectivamente, o Parque Estadual do Turvo (RS) e o Parque Estadual Serra do Conduru (BA). Com as concessões, o Parque Nacional do Iguaçu tem investimentos previstos de R$ 4,1 bilhões; Caracol e Tainhas, de R$ 465 milhões; Turvo, de R$ 202,4 milhões; Serra do Conduru, de R$ 125 milhões; Ibitipoca e Itacolomi, de R$ 15 milhões; e Chapada dos Guimarães, de R$ 220 milhões.
Sobre o BNDES – Ao longo de seus 70 anos de história, o BNDES vem sendo o principal instrumento de Governo para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira, além de ser um dos principais financiadores de micro, pequenas e médias empresas do País. O Banco tem importante atuação anticíclica em momentos de crise, como um dos formuladores das soluções para a retomada do crescimento da economia. Atualmente, o BNDES também atua com foco na criação e manutenção de empregos, na melhoria dos serviços públicos do Brasil, como educação, saúde e saneamento, além de apoiar o País na transição justa para uma economia neutra em carbono. O Banco tem como propósito transformar a vida de gerações, promovendo o desenvolvimento sustentável.