“Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos”, diz Levy ao assumir BNDES
André Telles - Divulgação/BNDES
O novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse nesta terça-feira, 8, durante solenidade de transmissão de cargo, na sede do Banco, no Rio, que o país se aproxima de um momento de recuperação da economia e o BNDES vai estar preparado e terá instrumentos financeiros para responder aos desafios.
“Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos em uma economia que será mais aberta, mais vibrante, com mais espaço para o setor privado e para os mercados de capital. O papel do BNDES é contribuir nesse ambiente desenvolvendo novas ferramentas, novas formas de trabalhar, próximos e em parceria com o mercado. Continuamos tendo enormes potenciais e valores a compartilhar com a sociedade”, afirmou.
Segundo o novo presidente do BNDES, para contribuir com a agenda de construir um Brasil “forte, limpo, justo e competitivo”, o Banco precisa aprender a lidar com o cenário da convergência das taxas de juros e com uma menor dependência de funding do Tesouro Nacional: “Vamos continuar servindo ao país, tendo lucratividade para manter nossas atividades de forma sólida, como o Banco Central deseja e exige de nós”.
Levy apontou ainda alguns direcionadores e desafios de sua gestão: “Estar cada vez mais próximos dos nossos clientes; fortalecer empresas médias para que tenham capacidade de crescer, gerar emprego e incorporar novas tecnologias; desempenhar papel fundamental na desestatização e estruturação de projetos financiados ou não em parceria com o setor privado; investir em tecnologia da informação que permite a entrega de serviços de forma mais barata, eficiente e rápida”.
Sobre a demanda da sociedade por transparência, afirmou que ela “já é uma virtude bastante enraizada na instituição e se desenvolverá ainda mais”. Segundo ele, o Banco vai trabalhar com foco cada vez maior nessa agenda, facilitando a apresentação dos dados disponíveis à população.
Para o grande desafio do Brasil em infraestrutura, Levy afirmou que a constituição de um fluxo de projetos sólido e eficiente é fundamental. “Nossa capacidade de trabalhar com PPI, ministérios e agências reguladoras para desenvolver esse fluxo é fator fundamental para aumentar a competividade e a produtividade da economia do Brasil nos próximos anos e criar novos empregos”.
37º presidente do BNDES, nos 66 anos da instituição, Levy recebeu o cargo do ex-presidente do Banco, Dyogo Oliveira. Também estiveram presentes, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o Procurador Geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Lima Neto, o secretario de Fazenda do Rio de Janeiro, Cesar Augusto Barbiero e o secretário da Fazenda, representando o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Em seu discurso, Levy listou nomes que passaram pelo BNDES ao longo desse tempo e enfatizou que o BNDES é "uma casa de muitas visões, por onde passaram grandes nomes, como Roberto Campos, o ministro Reis Velloso, Francisco Gros, Pio Borges e tantos outros, que mostram a diversidade e a capacidade do BNDES, uma casa que tem um forte corpo técnico".