Exposição "Ferreira Gullar"
Galeria BNDES
Avenida República do Chile 100 (próximo ao Metrô Carioca)
Prorrogado até 8 de julho
De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h
Visitas guiadas
De segunda a sexta-feira, às 12h30 e às quartas e quintas, às 18h15.
Não é necessário agendamento prévio.
Evento especial no dia 24/06: Sessão de documentário e bate-papo com Ferreira Gullar e Zelito Viana (saiba mais clicando aqui)
Entrada gratuita.
O Espaço Cultural BNDES apresenta a exposição “Ferreira Gullar”, uma mostra em homenagem aos 85 anos de trajetória do múltiplo artista maranhense. Com concepção e realização da Fase 10 Ação Contemporânea e curadoria de Cláudia Ahimsa e Augusto Sérgio Bastos, a exposição traça uma linha cronológica que se inicia no Maranhão e vem até os dias de hoje.
Na Galeria BNDES o público poderá ver textos, vídeos, livros, objetos, fotografias, pinturas, colagens, letras de canções interpretadas por músicos da MPB e um trabalho inédito, criado em 1959, mas nunca apresentado ao público: o Poema Enterrado. Trata-se de uma instalação em madeira, com três metros de altura, por onde o visitante poderá entrar.
A exposição contará com uma reprodução do ateliê do poeta, num espaço que convida a sentar e ler os livros publicados por Ferreira Gullar. Um painel de 37 metros apresenta documentos, fotografias, pensamentos, manifestos e datas importantes: a publicação de seu primeiro livro (1949), o ingresso no Jornal do Brasil (1956), a idealização do movimento Neoconcreto (1959), a criação do Livro Poema (1959), sua prisão na Ditadura (1968), o exílio para o Chile (1973), a publicação do Poema sujo, um dos principais poemas da língua portuguesa (1976), a posse na Academia Brasileira de Letras (2014) e a nova e atual produção em artes plásticas, com colagens em relevo, realizadas em metal e aço.
É apresentado um Gullar multifacetado, muitas vezes desconhecido do grande público. Seu lado bem-humorado, por exemplo, é retratado por grandes cartunistas brasileiros; já sua obra dedicada a crianças e jovens aparece em núcleo infanto-juvenil. Complementam a mostra um ensaio inédito realizado pelo fotógrafo Marcelo Magalhães no ateliê do artista e, também, uma entrevista em vídeo, feita especialmente para o projeto, que será exibida em quatro monitores.
Mais sobre Ferreira Gullar
Batizado como José de Ribamar Ferreira, Ferreira Gullar nasceu em São Luís do Maranhão em 10 de setembro de 1930. É poeta, crítico de arte, tradutor e ensaísta. Aos 19 anos, publicou com recursos próprios seu primeiro livro de poesia, Um pouco acima do chão, e dois anos mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, cidade em que mora até hoje. Colaborou para jornais e revistas, escreveu peças de teatro, letras de músicas, diversos ensaios e publicou algumas das mais importantes obras da poesia brasileira como o Poema sujo, escrito na década 1970, período em que esteve exilado, e os livros A luta corporal (1954), Dentro da noite veloz (1975), Na vertigem do dia (1980), Barulhos (1987) e Muitas vozes (1999). Em 2010, ganhou o Prêmio Camões pelo conjunto de sua obra. Em 2012, as ilustrações que fez para seu livro Bananas podres deu a Gullar o Prêmio Jabuti, o primeiro que ganhou como ilustrador