Práticas de gestão

Para atender a seus compromissos com o país, o BNDES constantemente revê seus processos internos, em especial suas práticas de gestão e integração corporativa.

O Banco está implementando uma gestão integrada de seus variados recursos em direção a um modelo de negócios orientado por processos. Essa iniciativa interna, que passa pela reformulação de processos e a revisão de soluções tecnológicas, recebeu o nome de Projeto AGIR e, em 2014, teve um importante marco, com a conclusão do Programa de Aplicativos de Mercado, o PAM.

O programa apoiou os seguintes processos: recursos humanos, planejamento, orçamento, custos, auditoria, jurídico, contabilidade, gestão de riscos, financeiro e administração. A implantação do PAM já trouxe parte dos benefícios esperados com o projeto, como: integração; mais agilidade nos fluxos de aprovação; modernização das normas internas; maior velocidade e segurança no acesso e na circulação de informações e melhor controle.

Outra significativa entrega do AGIR foi a implantação do novo Portal Corporativo, que trouxe novas possibilidades de comunicação, colaboração, interatividade e compartilhamento de informações entre os empregados do Banco. Concluídas essas etapas, o Projeto AGIR está agora voltado para a implantação das soluções ligadas aos processos finalísticos da plataforma de negócios do BNDES.

A integração entre a gestão corporativa e a gestão de riscos é objeto de trabalho de um outro conjunto de iniciativas que merecem destaque em 2014. Entre elas está o monitoramento contínuo que possibilita que as diversas áreas do BNDES visualizem de forma objetiva seu grau de conformidade com os normativos aos quais estão sujeitas, fomentando o compliance e a melhoria contínua dos processos, por meio de um acompanhamento automatizado. O resultado do trabalho proporciona aos gestores maior visibilidade das vulnerabilidades dos processos.

Em 2014, o trabalho foi realizado em nove macroprocessos do BNDES, englobando 14 áreas distintas. Em 2015, os resultados do monitoramento contínuo serão visualizados em nível estratégico, com acompanhamento de um indicador específico pela Diretoria.

O trabalho recebeu Menção Honrosa no 2º Concurso de Boas Práticas da Controladoria Geral da União (CGU). Essa atividade ficou entre as cinco melhores práticas das 44 inscritas na categoria Fortalecimento dos Controles Internos Administrativos por diversos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.

Ademais, é possível citar a instalação de uma estrutura de governança para a precificação de instrumentos financeiros, proporcionando uma uniformização de metodologias entre as áreas que executam esse processo. Outro avanço significativo foi o desenvolvimento dos planos e das estratégias de continuidade de negócios para o BNDES, iniciativa que envolveu todas as áreas da instituição, gerando maior capacidade de retorno na ocorrência de algum sinistro ou situação de crise.

As pesquisas econômicas também cumprem um papel fundamental para a gestão de riscos do Banco. Além disso, subsidiam a avaliação de projetos em pedidos de financiamento e orientam a implementação das Políticas Operacionais (condições de apoio financeiro do Banco aos diversos setores produtivos). Em 2014, foi desenvolvido o trabalho Cenários Brasil Mundo 2030 (mais informações na seção Estratégia e visão de futuro), que resultou na criação de referenciais de futuros para a tomada de decisões pelo BNDES. Consiste em uma reflexão sobre as oportunidades de atuação e as ameaças para o BNDES no cumprimento de sua missão, tendo o ano de 2030 como horizonte. Os cenários incorporam múltiplas dimensões e variáveis (econômicas, políticas e sociais). São identificadas as situações, e seus possíveis desdobramentos, que teriam maior impacto sobre variáveis relevantes para a missão do BNDES.

Vale ainda citar a realização de um diagnóstico dos modelos de financiamento do investimento de longo prazo no Brasil, como parte do projeto corporativo Indústria Financeira e o BNDES. Os resultados do diagnóstico foram comparados com o perfil internacional e foi desenvolvida metodologia de acompanhamento e divulgação de indicadores de mercado para a orientação das decisões estratégicas e de crédito do Banco.

No ano de 2014, a gestão da sustentabilidade e das questões socioambientais inerentes à atuação do BNDES foi aprimorada com a constituição do Comitê de Sustentabilidade Socioambiental, formado por alguns superintendentes da instituição. O Banco já dispunha de um conjunto formalizado de políticas e práticas corporativas vinculadas ao tema responsabilidade social e ambiental. Contudo, especificamente quanto à governança, havia a necessidade de fortalecer a estrutura do BNDES para o tema.

O Comitê tem o objetivo de promover a integração das dimensões social e ambiental às políticas, processos, práticas e procedimentos do Sistema BNDES, em linha com sua Política de Responsabilidade Social e Ambiental (PRSA). A criação do Comitê vai ao encontro da Resolução CMN 4.327/2014, que dispõe sobre a responsabilidade social e ambiental de instituições financeiras, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Mais informações sobre o normativo na seção Inovação, socioambiental e regional.

Ainda em 2014, destaca-se a elaboração do Plano Plurianual de Implementação e Monitoramento da Política de Responsabilidade Social e Ambiental do BNDES, com seu detalhamento organizado em cinco frentes interdisciplinares e complementares de trabalho. A elaboração do plano também atende a obrigações previstas na referida resolução e será gerido pelo Comitê de Sustentabilidade Socioambiental.

Outro comitê criado em 2014 também cumpriu importante papel na promoção de melhores práticas de gestão e integração corporativa. O Comitê de Análise Setorial (CAS) promoveu a melhor sistematização do conhecimento setorial do BNDES e o avanço na análise e no mapeamento de projetos e planos estratégicos das empresas. Em suas reuniões, os membros discutem o panorama da economia brasileira e mundial, compartilham informações sobre os setores econômicos e levantam as perspectivas de investimento para o Brasil. Com base nessas discussões, o CAS apresenta diagnóstico e realiza estudos que trazem uma avaliação das tendências e os desafios para os setores produtivos. Eles estão disponíveis para a sociedade na Biblioteca Digital do BNDES. Mais informações na seção Geração de conhecimento.

É válido registrar ainda que, em 2014, foi realizada a normatização da Política de Gestão da Carteira de Renda Variável, em que foram estabelecidas, entre outros aspectos, as diretrizes de atuação e gestão das operações de renda variável realizadas pelo Sistema BNDES.