Iniciativas para o desenvolvimento do mercado de renda fixa


Ao longo do ano, o BNDES participou de iniciativas ligadas ao desenvolvimento do mercado de renda fixa, tais como a construção do Novo Mercado de Renda Fixa, capitaneado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), e a estruturação do fundo de liquidez, em andamento.

Ademais, o Banco introduziu novos custos financeiros a suas políticas operacionais e alterou as condições de alguns já existentes. Esse processo teve o objetivo de aumentar as opções disponíveis aos beneficiários do apoio financeiro e viabilizar o repasse das captações de mercado. Nesse sentido, podem ser citados os custos flutuantes baseados nas taxas TJ3 e TJ6, divulgadas pela BM&FBovespa; a disponibilização de duas alternativas de concessão de empréstimos vinculados à taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia); e mudanças na metodologia do cálculo do custo financeiro e nas regras para operacionalização do produto referenciado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Ainda em relação às políticas operacionais do Banco, foram reduzidos os percentuais de participação do BNDES em projetos de investimento, direcionando o atendimento da parcela remanescente das necessidades de financiamento das empresas nacionais ao mercado de capitais.

O Banco também promoveu alterações no Programa de Aquisição de Debêntures em ofertas públicas, priorizando emissões com características compatíveis com o desenvolvimento de mercado (como a presença de formadores de mercado) e vedando a inclusão de papéis cuja remuneração seja totalmente indexada à taxa de depósito interbancário DI.

Por fim, mediante uma nova política de giro dos papéis em carteira, que visa prioritariamente contribuir para o desenvolvimento do mercado secundário de títulos corporativos, o BNDES intensificou as negociações no mercado de debêntures, baseadas em uma avaliação criteriosa de preços justos de mercado. Em 2011, a participação relativa do BNDES no total negociado pelo mercado, considerando-se apenas as debêntures já negociadas pelo Banco, foi de 13,4%.