São crescentes a importância e a publicidade de avaliações das ações de promoção do desenvolvimento realizadas por gestores públicos, agências de fomento, ONGs e empresas. Diversos estudos já foram publicados por técnicos do BNDES ao longo de sua existência, contendo avaliações do impacto de suas ações. Mais recentemente, o Banco desenvolveu e implementou métodos e processos para monitorar e avaliar a efetividade destas ações, indo além do acompanhamento físico-financeiro dos financiamentos. O ineditismo da proposta consiste em inserir o processo de avaliação da efetividade nas rotinas de análise e acompanhamento de suas operações, de forma a torná-lo sistemático, sustentado e institucionalizado.
O apoio financeiro aos projetos de investimentos produz efeitos ou impactos nas dimensões econômica, social, ambiental e institucional. A avaliação de efetividade (ou avaliação de impactos) busca medir o grau de contribuição do Banco para o desenvolvimento sustentável, alinhado com as políticas de desenvolvimento do Governo Federal. Consiste na aplicação de técnicas quantitativas e qualitativas que permitam explicitar os objetivos das operações realizadas e medir o alcance desses.
O principal pilar sobre o qual reside a análise de efetividade que se encontra em crescente adoção pelo BNDES é o Quadro Lógico – também denominado Marco Lógico, Modelo Lógico ou Teoria da Mudança. Trata-se de um instrumento de planejamento de projetos e programas amplamente utilizado por agências multilaterais de fomento. Nele, são representadas as relações de causa e efeito entre atividades e impactos esperados e são registrados os indicadores escolhidos para sinalizar os resultados desejados. [1]
O BNDES vem avançando na realização de avaliações de efetividade, o que permitirá maior aprendizado organizacional sobre as operações realizadas, feedback para os processos de planejamento corporativo, redesenho dos programas e linhas operacionais e transparência dos efeitos gerados para o governo, para os clientes e para a sociedade.
1. Estão disponíveis publicações (inclusive no site do BNDES) com aplicações desse modelo no programa BNDES Profarma (BNDES Setorial 33) e no produto Cartão BNDES (Revista do BNDES 36).