6 de outubro de 2004
BNDES financia com R$ 17 milhões expansão da Libbs Farmacêutica
· Operação é a primeira no âmbito do Profarma
· Empresa produz medicamentos e matérias-primas
· Brasil só fabrica 20% dos farmoquímicos que consome
· Capacidade de produção da indústria será triplicada
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 16,9 milhões para a Libbs Farmacêutica Ltda. - o primeiro no âmbito do programa Profarma -, destinado à instalação de um novo parque fabril em Embu, no Estado de São Paulo, com capacidade para fabricar 53,6 milhões de caixas de medicamentos, possibilitando triplicar a atual produção da empresa. A unidade de produção farmacêutica atual tem capacidade instalada de 17,8 milhões de unidades/ano.
O investimento total será de R$ 48,5 milhões, dos quais R$ 31,6 milhões serão de recursos próprios da Libbs, que é uma sociedade com 100% de capital nacional. Além de medicamentos, o laboratório produz também matéria-prima (farmoquímicos) para consumo próprio e para venda, tanto para mercado interno como externo. Sua produção de farmoquímicos consegue atender hoje cerca de 60% de suas necessidades.
A Libbs Farmacêutica Ltda. foi fundada em 1958, quando iniciou a produção de medicamentos. Em 1983, passou a fabricar e a comercializar farmoquímicos. Hoje, a Libbs é uma das duas únicas empresas de controle nacional verticalizadas. Em seus processos, adota tecnologias de ponta, mantendo um moderno Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, com uma equipe de 14 especialistas.
A empresa opera com duas unidades industriais, localizadas na capital de São Paulo e em Embu, com capacidade produtiva total de 17,8 milhões de unidades/ano e, atualmente, é responsável pela manutenção de 916 empregos diretos.
Mercado - Embora o mercado farmacêutico esteja em retração há seis anos, a produção da Libbs vem crescendo, em média, 14% ao ano, tendo fabricado em 2003 cerca de 13,3 milhões de unidades, o que representa 75% de sua atual capacidade instalada. Suas exportações em 2003 foram de R$ 2,7 milhões, correspondendo a 1,31% do faturamento líquido.
Segundo a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), o mercado farmacêutico nacional ocupa a 11ª posição no ranking mundial, com necessidade de crescimento imediato, já que as vendas estão em queda há seis anos e o Brasil tem a sexta maior população do mundo.
Profarma – O Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica , criado pelo BNDES em abril deste ano, tem por finalidade principal apoiar os investimentos voltados para a reestruturação da indústria farmacêutica por meio de três sub-programas: Investimentos Associados à Produção, Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, e Fortalecimento das Empresas de Controle Nacional.
Os objetivos do Programa, que tem prazo de vigência até 31 de julho de 2007, são incentivar o aumento da produção de medicamentos e seus insumos no país; melhorar os padrões de qualidade dos medicamentos produzidos, adequando-os às exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); contribuir para a redução do déficit comercial da cadeia produtiva; e estimular a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no país, com perspectivas de aproveitamento dos recursos da biodiversidade e criação de condições para a obtenção de novas moléculas.