20 de outubro de 2004
Capital de giro: BNDES aprova R$ 30 milhões para Biosintética
· Empresa vai criar 106 empregos diretos
· Valor do financiamento é de R$ 30 milhões
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aprovou o segundo financiamento de capital de giro, no âmbito do Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren). A operação, no valor de R$ 30 milhões, destina-se à Biosintética Farmacêutica Ltda., que se compromete a abrir 106 novos empregos diretos, elevando em 10,5% seu quadro de pessoal, que atualmente possui 1.008 funcionários.
Criada em 1984, a Biosintética tem capital 100% nacional e atua em diversos ramos do setor farmacêutico, com destaque para as linhas de genéricos e remédios cardiovasculares. Possui duas unidades industriais, localizadas em São Paulo e Ribeirão Preto, e mantém escritórios comerciais em Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Além das atividades de produção de medicamentos, a Biosintética desenvolve pesquisas em parceria com a empresa argentina Bio Sidus, por intermédio da joint venture BioLatina, visando propiciar novas oportunidades de negócios em países como Chile, México, Venezuela e Peru.
Condições – Para utilização da primeira parcela do crédito, a Biosintética terá de apresentar ao BNDES um relatório especial emitido por empresa de auditoria independente, cadastrada na Comissão de Valores Mobiliários, atestando sua receita operacional bruta, as quantidades de medicamentos vendidos e o número de empregados.
A remuneração total do financiamento será de 9% ao ano, acrescida da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que hoje é de 9,75% ao ano, perfazendo 18,75%. Caso a empresa atinja a meta estabelecida de crescimento de 10,7%, da receita operacional bruta e da quantidade de medicamentos vendidos no período de 12 meses, abrindo 106 empregos diretos, no mínimo, a remuneração total então será reduzida para 13,25% ao ano (TJLP + 3,5%).
Mercado – O Brasil é o quinto país no ranking dos produtores de medicamentos e o oitavo maior consumidor, com grande potencial de crescimento nas vendas em virtude do aumento da expectativa de vida, da elevação da renda per capita dos brasileiros, da ampliação dos programas sociais do governo e da inclusão de remédios entre os benefícios de determinados planos de saúde.
O setor farmacêutico faturou no Brasil, em 2003, cerca de R$ 17 bilhões e o segmento de genéricos apresentou significativo crescimento, chegando a cerca de R$ 900 milhões em vendas, com aumento de 38% em relação ao ano anterior. Estima-se que a comercialização de genéricos continue em franca expansão, já que nos países desenvolvidos esse tipo de medicamento representa cerca de 40% do total de remédios consumidos, enquanto no Brasil a relação ainda está por volta de 8%.