Pavilhão histórico do Museu Emilio Goeldi é restaurado e transformado em espaço cultural com apoio do BNDES
O Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, principal monumento do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), localizado em Belém, será reaberto à visitação pública, nesta sexta-feira, dia 11, inteiramente restaurado.
O projeto de restauro e adaptação do prédio – o primeiro da região Norte a ser beneficiado por patrocínio do BNDES, no âmbito da Lei Rouanet através do convênio BNDES/Ministério da Cultura/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) – contou com colaboração financeira do Banco, no valor de R$ 1 milhão. O investimento total foi de R$ 1,33 milhão.
Apresentado pela Sociedade Zeladora do Museu, o projeto teve por objetivo adaptar o prédio, tombado em 1994 pelo Iphan, para espaço cultural, visando abrigar mostra permanente do acervo arqueológico e etnográfico do museu, que reúne mais de cem mil peças. Cerca de 300 mil pessoas, 40% das quais estudantes, visitam anualmente o museu.
Oficinas educativas e eventos técnico-científicos serão algumas das atividades do novo espaço.
Rocinha – O Pavilhão da Rocinha, construído em 1887, transformou-se na marca institucional do Museu por sua importância arquitetônica e histórica ao longo dos 137 anos da instituição.
Em estilo neoclássico francês, o pavilhão é uma das últimas Rocinhas de Belém e o único remanescente de uso público desse tipo de construção.
Comuns no século XIX, as Rocinhas serviam de casa de veraneio para famílias abastadas. Suas características são a forma retangular vista de cima, o frontão triangular, o telhado de duas águas, os ornamentos em forma de folhas e flores, entre outros motivos, e o uso de estátuas e vasos como adornos ao telhado e escadarias.
Museu Goeldi – Criado em 1866, o museu é conhecido mundialmente como instituição que pesquisa, documenta, conserva e comunica o conhecimento sobre a região amazônica. Seu parque zoobotânico abriga mais de 2 mil espécies de plantas e cerca de 600 animais nativos da região.
Com a reativação do Pavilhão da Rocinha, onde foram desenvolvidas as primeiras pesquisas do museu, a instituição recupera a proposta do naturalista suíço Emílio Goeldi de divulgar o conhecimento sobre a Amazônia para diversos públicos.
Preservação de acervos – O Museu Emílio Goeldi teve o projeto de fortalecimento da infra-estrutura dos seus acervos selecionado, para apoio de até R$ 289 mil, pelo Programa de Preservação de Acervos do BNDES. Criado em 2004, o programa tem por objetivo selecionar e conceder apoio financeiro a projetos culturais de todo o país, que tenham por finalidade a preservação de acervos museológicos, bibliográficos, arquivísticos e documentais.
No Pará, além do Museu Goeldi, no âmbito do programa, foi selecionado também o projeto da Associação Amigos dos Museus do Pará (AMU-Pará) de implementação do Programa de Salvaguardas, com recursos de até R$ 82.230,00.