BNDES financia com R$ 47 milhões geração de energia a bagaço de cana
A implantação de uma unidade de cogeração de energia elétrica a bagaço de cana-de-açúcar no município de Paraíso, em São Paulo, receberá financiamento de R$ 47,3 milhões do BNDES. O valor corresponde a 70% dos investimentos que serão realizados pela empresa Antônio Ruette Agroindustrial Ltda - Usina Ruette para a construção do empreendimento que irá gerar 28 MW de energia. Parte dos recursos será também usada para a ampliação e modernização do parque industrial da empresa, produtora de açúcar e álcool. A energia será comercializada com a Eletrobrás, contribuindo para a maior oferta nacional de eletricidade proveniente de fonte renovável.
A Usina Ruette, que deve criar 194 novos empregos até junho de 2006, terá um ganho de eficiência com o novo projeto, por meio do melhor aproveitamento do bagaço da cana, a ser utilizado para a geração de vapor e de energia elétrica. O projeto começou a ser analisado pelo BNDES em 21 de março deste ano, recebendo aprovação na reunião de diretoria do último dia 17 de maio. Esse intervalo de menos de dois meses demonstra a agilidade do Banco, que atua para que o novo ciclo de crescimento econômico não seja colocado em risco pela carência energética.
A empresa foi fundada em 1985 e teve sua primeira produção de aguardente em 1988, atividade que exerceu até 1991. A partir de 1992, começou a produção de álcool hidratado, o que permitiu que seis anos depois passasse a produzir também álcool anidro. Em 2000, iniciou a produção de açúcar, destinado exclusivamente à exportação. O bagaço da cana-de-açúcar gerado no processo de moagem é utilizado como combustível no processo industrial e para produção de energia elétrica para consumo próprio. A partir de 2006, com o novo projeto, a empresa terá condições de vender energia excedente (21 MW) para a Eletrobrás, por meio de contrato de compra e venda (CCVE) firmado no âmbito do Proinfa – Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas de Energia Elétrica.