BNDES aprova crédito de R$ 119,8 milhões para a GVT ampliar rede de assinantes
. Investimentos vão gerar 5 mil empregos indiretos e 500 diretos
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 119,8 milhões para a Global Village Telecom Ltda (GVT), o primeiro concedido pelo Banco para uma empresa-espelho de telecomunicações fixas. Os recursos serão destinados à expansão da rede de telecomunicações da GVT para 997 mil linhas instaladas até 2006, um crescimento de 34% em relação aos atuais 744 mil assinantes.
O projeto atenderá a áreas da Região II do Plano Geral de Outorgas da Anatel, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Acre, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal, e vai gerar 5 mil empregos indiretos e 500 diretos após o início do projeto, que serão somados aos atuais 1,8 mil empregos diretos.
O plano de investimentos da companhia, que começou em 2005 e termina em 2006, tem orçamento de R$ 293,7 milhões, dos quais 41% virão do BNDES e o restante de recursos próprios. As demais operações do BNDES no setor de telecomunicações fixas foram com as concessionárias Telemar e Brasil Telecom.
A GVT é a empresa-espelho que compete com a Brasil Telecom na Região II. Mas, por não ter obrigação de universalização, adotou estratégia de nicho focada em 55 municípios entre os 1.818 da Região II. Ou seja, a companhia não concorrerá com a Brasil Telecom nos mesmos segmentos de mercado, já que optou por oferecer serviços e pacotes de tarifas diferenciados em áreas com poder aquisitivo elevado.
A expansão permitirá o aumento da capilaridade no acesso ao assinante, sem investimento adicional no núcleo da rede ou aumento proporcional das despesas comerciais e administrativas. A exemplo das concessionárias, como a Brasil Telecom, a GVT, uma autorizada, está sujeita ao Plano Geral de Metas de Qualidade da Anatel.
O grupo, controlado pelos israelenses Magnum Group (65,7% do capital), IDB Group (33%) e Gilat Networks (1,3%), foi constituída em 1999 e, atualmente, também atua nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, atendendo a clientes corporativos, a partir da utilização da capacidade alugada em redes de telecomunicações de terceiros.
A GVT emprega diferentes tecnologias de acesso ao cliente final, conforme seu perfil, incluindo fibra ótica para grandes clientes corporativos; rede de curta distância em cobre, partindo dos armários ligados ao backbone ótico para áreas residenciais de alta densidade e pequenas e médias empresas; e acesso sem fio (da sigla em inglês WLL) para áreas de baixa densidade ou como solução temporária enquanto a rede fixa está em construção.