BNDES concede crédito de R$ 50,48 milhões para Hospital Cajuru, em Curitiba
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, participou nesta terça-feira, dia 12, da cerimônia de contratação do financiamento de R$ 50,48 milhões concedido pelo BNDES à Associação Paranaense de Cultura (APC)/Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba, ao lado do diretor da Área de Inclusão Social do BNDES, Elvio Gaspar. Os recursos serão destinados à reestruturação do endividamento bancário da APC, no âmbito do Programa de Fortalecimento e Modernização das Entidades Filantrópicas Integrantes do SUS.
Com isso, o Banco viabilizará o saneamento financeiro e a conclusão da reforma administrativa da APC, permitindo maior qualidade no atendimento dos serviços de saúde do SUS e, ainda, melhor desempenho da missão da instituição nas áreas de educação e assistência. O financiamento será repassado pelo HSBC e corresponderá a 100% do custo total do projeto.
A APC, entidade certificada pelo Conselho Nacional de Assistência Social, atua nas áreas de saúde, educação, comunicação e assistência social. Na área da Saúde, a APC desempenha suas atividades por meio do Hospital Universitário Cajuru. Desta forma, a operação, além de reestruturar as finanças, propiciará que o HUC adote novo padrão de gestão profissionalizada, e, conseqüentemente, sua integração ao sistema de saúde regional assegurará melhores condições de atendimento à população.
O HUC está investindo em laboratório de análises clínicas, imagenologia, em um centro diagnóstico - com o objetivo de ampliar o número de exames externos -, em métodos gráficos (adequação do aparelho de eletroencefalograma para realizar polisonografia) e em medicina hiperbárica, possibilitando sua integração com o centro de diagnósticos. Fundado pela extinta Rede Ferroviária Federal, o HUC iniciou suas atividades na década de 50. Em 1977 foi adquirido e incorporado como filial pela APC e passou a funcionar, também, como hospital geral.
Atualmente, dispõe de área construída com 21.205 metros quadrados, oferece 312 leitos e oito salas de cirurgia e gera 1.153 empregos diretos. Seu movimento clínico anual atinge 313 mil atendimentos, 82% dos quais oferecidos ao SUS.
Programa - O Programa de Fortalecimento e Modernização das Entidades Filantrópicas de Saúde e Integrantes do Sistema Único de Saúde, do BNDES, tem como objetivo geral garantir e ampliar a capacidade de atendimento aos pacientes financiados pelo SUS por meio da concessão de financiamento capaz de reduzir custos, aumentar a eficiência e otimizar as instalações.
O BNDES já contratou 10 operações no âmbito do Programa, no valor total de R$ 246 milhões. Com a aprovação do financiamento para o Hospital Cajuru, a carteira passa para R$ 296 milhões, incluindo outro projeto em Curitiba, neste caso com a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, no valor de R$ 30 milhões, em fase de análise.
O objetivo é privilegiar hospitais cuja gestão passa a ser exercida sobre bases estruturais consistentes. Desta forma, a operação, além de reestruturar as finanças, propiciará que os hospitais filantrópicos adotem novo padrão de gestão profissionalizada e, conseqüentemente, sua integração ao sistema de saúde regional assegurará melhores condições de atendimento à população.
O prazo de pagamento é de 90 meses, com carência de seis meses e amortização de 84 meses. O saneamento financeiro ocorrerá com a substituição de recursos onerosos captados no mercado financeiro por recursos do Programa.
Associação Paranaense de Cultura - APC foi criada em 31 de dezembro de 1950 com o objetivo de manter a Pontifícia Universidade Católica do Paraná. A APC é associação civil de direito privado, filantrópica e com fins educacionais e foi declarada de utilidade pública em janeiro de 1954.
Os Hospitais Filantrópicos se consolidaram durante a década de 70, quando passaram a habilitar-se ao atendimento dos pacientes financiados pela Previdência Social. Assim, hospitais que historicamente atendiam à população indigente e que se mantinham às custas da caridade social, passaram a fazer parte do grupo de hospitais que atendiam aos pacientes da previdência social. Atualmente, com o advento do SUS e com a universalidade do direito à assistência médico-hospitalar, o atendimento à totalidade dos pacientes passou a ser financiado pelo Ministério da Saúde, deixando de existir o “paciente previdenciário”.