BNDES aprova financiamento de R$ 49,9 milhões para MRS Logística S/A
· Investimento na redução de acidentes vai permitir mais eficiência e maior lucro
A diretoria do BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 49,9 milhões para MRS Logística S/A realize obras com o objetivo de diminuir o número de acidentes nas áreas onde atua, proporcionar maior segurança para a população e, com isto, aumentar a produtividade e reduzir os custos para a concessionária. As interferências incluem a eliminação de passagens em nível e a construção de 70km de muros para a vedação da via permanente, a construção de 23 passarelas, 1 viaduto e passagens inferiores.
O projeto permitirá o crescimento da companhia e o aumento do número de trens em circulação, além de encurtar o tempo do ciclo das composições em até 3% (1h30). As obras serão feitas em diversos municípios nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Por dar ênfase à redução de acidentes em áreas urbanas, por meio da construção de equipamentos públicos, essa atividade não possui características de geração de emprego. A mão-de-obra utilizada neste projeto é temporária e tem a duração do período das obras.
A MSR Logística é uma concessionária ferroviária do sistema ex-RFFSA, que controla e opera a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A concessão da MRS está completando 10 anos (dezembro de 1996). Neste período, a evolução da sua receita aumentou cerca de 10 vezes, estando atualmente no patamar de R$ 2,2 bilhões/ano, e o volume de transporte aumentou cerca de três vezes. Em 2005, a empresa movimentou 108 milhões de toneladas.
A MRS foi constituída para concorrer à privatização da Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), e adquiriu o direito de operar a malha no leilão realizado em 20 de setembro de 1996.
A malha ferroviária operada pela MRS possui extensão total de 1.674 km, sendo 1.632 km de bitola larga (1,6 m) e 42 km de bitola mista (1,0 e 1,6 m). Suas linhas permitem o acesso às minas de minério de ferro em Minas Gerais às principais siderúrgicas (CSN, Cosipa, Açominas e Usiminas) e aos terminais exportadores (Guaíba – MBR e Sepetiba – CVRD).
Sua localização geográfica faz com que corte estados que concentram cerca de dois terços do PIB brasileiro, interconectando as regiões metropolitanas das cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e os portos de Santos, Rio de Janeiro, Itaguaí (ex-Sepetiba) e Guaíba (RJ – no trecho Barra Mansa-Itaguaí).
A expectativa da empresa é que ela atinja 130 milhões de toneladas transportadas em 2007 e 200 milhões em 2010, se tornando a principal empresa ferroviária do país em volume transportado. Para tal, vem investindo cerca de R$ 600 milhões/ano (entre 25% a 30% da receita líquida), em novas locomotivas, novo sistema de sinalização, construção de pátios e duplicação da via permanente.
Alguns projetos favorecerão o crescimento da MRS nos próximos anos: a implantação da Companhia Siderúrgica do Atlântico, na Baía de Sepetiba; a exportação de minério da mina de Casa de Pedra (CSN); a implantação do Ferroanel Norte (cerca de 65 km); e a implantação da correia transportadora de longa distância para o transporte de minério de ferro para a Cosipa, entre o planalto paulistano e a Baixada Santista (num trecho de 18 km na Serra do Mar).