6 de dezembro de 2006
BNDES financia com R$ 23,4 milhões projeto florestal da Votorantim no Sul
· Investimento total do megaviveiro de mudas será de R$ 41,9 milhões
· Projeto serve de base para nova fábrica de celulose no Rio Grande do Sul
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 23,4 milhões à Votorantim Celulose e Papel S/A, destinado a implantar um viveiro de mudas de eucalipto no município de Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. O investimento total do projeto chega a R$ 41,9 milhões e a Votorantim aplicará R$ 18,4 milhões com recursos próprios.
A unidade terá capacidade para produzir 30 milhões de mudas por ano, para possibilitar a formação de novas florestas, que servirão de base para empreendimentos futuros da empresa, que recentemente apresentou às autoridades um pedido de licenciamento sócio-ambiental para implantar uma fábrica de celulose branqueada de eucalipto no Rio Grande do Sul.
O funcionamento do viveiro de mudas de eucalipto será suficiente para reflorestar até 17 mil hectares por ano. Para operar essa nova unidade florestal, a empresa deverá gerar cerca de 250 empregos diretos em suas instalações e outros mil empregos indiretos, aproximadamente.
Unidades - As atividades da Votorantim Celulose e Papel S/A, atualmente o segundo maior empreendimento do grupo, tiveram início em 1988, com a aquisição de uma indústria instalada no município de Luís Antônio, em São Paulo, a Celpav Celulose e Papel Ltda.
Depois, em 1992, o grupo comprou as Indústrias de Papel Simão S/A, incorporando as unidades de Jacareí, Piracicaba e Mogi das Cruzes, também em São Paulo. Com isso, em apenas quatro anos o grupo tornou-se o terceiro maior produtor de celulose e papel do país, com capacidade instalada de 570 mil toneladas/ano de celulose e 500 mil toneladas/ano de papel.
Investimentos - Entre 1992 e 2001, novos investimentos elevaram a capacidade da empresa para 1.400 mil t/ano de celulose e 600 mil t/ano de papel. Ainda em 2001, a Votorantim adquiriu 28% do capital votante da Aracruz Celulose S/A, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto.
No final de 2004, em parceria com a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose, a Votorantim comprou a Ripasa, incorporando mais quatro unidades fabris, todas em São Paulo. Assim, passou a dividir igualitariamente com a Suzano a capacidade de produção da Ripasa – 525 mil t/ano de papel e 455 mil t/ano de celulose.
O mais recente movimento estratégico ocorreu em setembro deste ano, com uma troca de ativos com a International Paper, em que a Votorantim receberá uma base de florestal de 121 mil hectares e uma planta de 1,1 milhão de t/ano de celulose em Três Lagoas, Minas Gerais, com início de produção previsto para 2009, em troca de uma floresta de 57 mil hectares e de sua fábrica em Luís Antônio, que tem capacidade de produzir 400 mil t/ano de celulose e 350 mil t/ano de papel não revestido.