26 de março de 2008
BNDES aprova R$ 176,6 milhões para metrôs de Fortaleza e do Rio
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos, no valor total de R$ 176,6 milhões, para obras de construção e modernização dos metrôs do Rio e de Fortaleza. Um deles, de R$ 34,3 milhões, para o Estado do Rio de Janeiro e outro, de R$ 142,3 milhões, para o Estado do Ceará.
O apoio para o metrô de Fortaleza (Metrofor), de R$ 142,3 milhões, será destinado à construção do primeiro estágio do Metrofor, o da linha Sul, trecho entre as estações de Vila das Flores e João Felipe. O projeto faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e está orçado em R$ 804,3 milhões, dos quais o BNDES participará com 17,7%.
O financiamento para o metrô do Rio de Janeiro será para adequação da estrutura operacional a novas tecnologias de tráfego e bilhetagem. A participação do Banco é de R$ 34,3 milhões, que equivalem a 62% dos R$ 55,6 milhões orçados para o projeto. Os recursos serão destinados a investimentos na remodelação dos carros de passageiros, em Tecnologia de Informação (TI), em engenharia de tráfego e em manutenção. Os carros passarão por reformas a fim de comportarem maior número de passageiros.
Com a modernização do sistema, o aumento da oferta de lugares será de 3,57% na Linha 1 e 2,11% na Linha 2, proporcionando aos usuários mais conforto, segurança e confiabilidade. Nos últimos cinco anos o volume de passageiros transportados cresceu em média 4,2% ao ano.
O projeto prevê, ainda, um sistema único de bilhetagem, baseado em cartões sem contato, do tipo smart card, com chip. O objetivo é integrar os sistemas atuais, de forma a permitir a operação e controle da receita, bem como a coleta e o tratamento de dados referentes à movimentação de passageiros.
Constituída em janeiro de 1998, a Opportrans Concessão Metroviária S.A. iniciou as operações no transporte metroviário de passageiros na cidade do Rio de Janeiro em abril do mesmo ano, através de concessão dos serviços por 20 anos renováveis, por igual período. A Opportrans realiza os serviços utilizando a marca Metrô Rio.
Metrofor - A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - Metrofor - é uma sociedade de capital aberto e será a interveniente, executora do projeto, que vai gerar 700 empregos diretos na própria empresa, até 2011. Na fase de implantação, serão criados 2,5 mil empregos ligados à construção civil e à fabricação de material rodante, a partir das encomendas feitas aos setores envolvidos.
O Metrofor está dividido em três estágios e ligará a capital cearense às cidades de Maracanaú, Pacatuba, Caucaia e Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. Trata-se de operação de grande porte, com impactos urbanísticos, ambientais, sociais e econômicos sobre toda a região.
Para se ter uma idéia do impacto social da construção do metrô de Fortaleza, o número de passageiros transportados por dia passará dos atuais 10 mil para 158 mil em 2011, contando com 18 estações e 10 trens.
O empreendimento apoiado pelo BNDES contribuirá, dessa forma, para mitigar graves problemas de circulação urbana, reduzir custos operacionais de transportes, custos de manutenção das vias e do consumo de combustíveis. Também resultará em uma alternativa de transporte rápido para os trabalhadores a regiões de acesso problemático.
Do ponto de vista ambiental, resultará em um sistema de transporte com tração elétrica, não poluente, contribuindo para a redução da quantidade de ônibus e automóveis em circulação. Com isso, há possibilidade de geração de créditos de carbono em função da redução de emissões de CO2 e da melhoria da produtividade dos trabalhadores, tendo em vista a diminuição do tempo de viagem e do número de acidentes.
Além disso, a transferência das vias para o subsolo nos trechos subterrâneos implicará a renovação urbanística de áreas degradadas. Ou seja, permitirá que tenham novos usos, inclusive com faixas exclusivas de pedestres, elevando a qualidade de vida.
Apoio ao Metrô RJ e SP – O BNDES financia o metrô de São Paulo desde a década de 80, tanto na aquisição de grande parte da frota de trens quanto na realização de diversos investimentos, especialmente na linha 3. Entre eles, a implantação do sistema de sinalização, da subestação Barra Funda e do Pátio do Itaquera.
O Banco aprovou financiamento de expansão da linha 2 - Verde, entre Alto Ipiranga e Vila Prudente e três estações (Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente), além de um pátio para estacionamento e manutenção e aquisição de 16 trens e seis carros. O crédito foi de R$ 1,6 bilhão e o investimento total de R$ 2,1 bilhões.
As expansões do Metrô de São Paulo permitiram que a rede atual, com 4 linhas em funcionamento e 61,3 quilômetros de expansão, transporte 3 milhões de passageiros por dia.
O BNDES também financiou a estruturação do sistema metroviário do Rio de Janeiro, desde 1982. A apoio do Banco a esses investimentos representou o equivalente a cerca de R$ 1,7 bilhão, 61% dos investimentos totais.
Os principais itens implantados com financiamento do BNDES foram a expansão da linha 1 , a aquisição de trens e a expansão da linha 2 até Pavuna. Atualmente, estão em implantação com financiamento do Banco a conclusão do Programa de Recuperação Operacional das linhas 1 e 2 e a expansão da linha 1 entre Cantagalo e General Osório.