Estudos do BNDES para privatização dos Correios avançam com nova contratação de avaliação financeira
BR Partners dará segundo laudo para a desestatização.
Conclusão total do processo está prevista para até fevereiro.
O processo de desestatização do setor Postal teve novo avanço no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a seleção da empresa responsável por fazer uma avaliação econômico-financeira independente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Conforme a lei, são necessários dois grupos distintos para certificar a avaliação do valor de uma companhia a ser desestatizada, o que será possível com essa nova contratação. A concorrência atual foi vencida pela BR Partners.
A avaliação da BR Partners levará em conta os estudos que já vem sendo elaborados pelo BNDES com a assessoria de dois grupos. O Consórcio Postar, composto por Accenture e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados avalia o modelo de alienação da ECT. Já as avaliações contábil-patrimonial, jurídica e técnico-operacional estão em execução pelo Consórcio Carta Brasil, formado pela KPMG e pela Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados.
Tanto o Carta Brasil quanto a BR Partners apresentarão avaliações econômico-financeiras independentes para a operação de desestatização dos Correios, com a supervisão final do BNDES. A avaliação de duas instituições independentes visa a confirmar as premissas adotadas na modelagem da desestatização e assegurar o melhor resultado para a sociedade brasileira e para a União, hoje controladora dos Correios.
“Para um projeto de desestatização tão relevante para o Brasil como o dos Correios, é importante termos empresas experientes que vão nos ajudar a criar o melhor modelo de desestatização que beneficie o país e a população", diz Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, sobre a contratação da BR Partners.
“Em um projeto de desestatização desafiador como o dos Correios, é importante ter empresas experientes que vão ajudar a criarmos a melhor modelo de desestatização para o país e para a população", afirma o Ricardo Lacerda, CEO da BR Partners. “É uma honra fazer parte de um projeto tão estratégico como o dos Correios”, completa.
Os estudos têm sido coordenados pelo BNDES com a supervisão do Comitê Interministerial instituído com base no Decreto 10.066/2019, que incluiu os Correios no Programa de Parceria de Investimentos (PPI). O Comitê, formado por membros dos ministérios da Economia e das Comunicações, além dos próprios Correios, tem como objetivo acompanhar e opinar sobre os estudos que serão realizados.
A avaliação econômico-financeira contratada é uma etapa fundamental no processo de venda de uma empresa, pois define qual o valor mínimo que o Estado brasileiro deve exigir para venda do controle dos Correios. O modelo final, com as condições gerais propostas para a venda será submetido ao conselho do PPI. A conclusão total do processo está prevista no início de 2022.
Desestatizações – Atuando junto a todos os níveis da federação, o BNDES possui, atualmente, mais de 100 projetos de desestatização em estruturação que abrangem setores como saneamento, iluminação pública, rodovias, mobilidade urbana, energia elétrica e portuário. Saiba mais sobre as etapas de um processo de desestatização e sobre a Desestatização do Setor Postal.
Saiba mais sobre as etapas de um processo de desestatização e sobre a Desestatização do Setor Postal.
Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.