COP30: os projetos apoiados pelo BNDES
A realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na cidade de Belém, em novembro de 2025, acelerou importantes investimentos do setor público na cidade e sua região metropolitana.
Além dos investimentos necessários à preparação de Belém para sediar o evento, o BNDES, em parceria com o Estado do Pará, está apoiando um conjunto de projetos que visam a melhoria da infraestrutura e da mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belém, promovendo a ampliação do acesso a equipamentos e serviços públicos essenciais para a população, apoiando a redução de vulnerabilidades socioeconômicas, a ocupação ordenada do território e medidas de adaptação às mudanças climáticas, com impacto no desenvolvimento sustentável da região.
O BNDES também está promovendo iniciativas voltadas à valorização do patrimônio histórico e à difusão do conhecimento sobre a Amazônia, por meio do apoio à restauração de espaços culturais e à criação de centros de ciência e educação. Essas ações visam fortalecer a identidade cultural da região, ampliar o acesso da população a atividades formativas e culturais, fomentar o turismo sustentável e estimular a preservação dos saberes tradicionais, contribuindo para a construção de um legado duradouro da COP30 para Belém e para toda a Amazônia.
O apoio do BNDES se dá por meio de crédito, de apoio não reembolsável e de parcerias institucionais.
O BNDES está financiando duas obras importantíssimas para a COP30: a Implantação do Terminal Hidroviário Internacional e a Requalificação do Hangar (Centro de Convenções da Amazônia).
Requalificação do Hangar (Centro de Convenções da Amazônia)

Utilizado como Hospital de Campanha da região metropolitana do Estado durante o período pandêmico, os investimentos no Hangar têm por objetivo revitalizar o espaço, executando melhorias que o tornem mais seguro, qualificado e sustentável, habilitando-o à realização da COP30 e dotando-o de versatilidade para atender às demandas futuras da região.
O projeto engloba a modernização da rede lógica e do sistema de sonorização, readequação dos banheiros, modernização do sistema de refrigeração, requalificação dos sistemas de energia fotovoltaica, exaustão, instalações elétricas, estacionamento e reparos gerais.
Terminal Hidroviário Internacional de Belém (Armazém 10)
O projeto financiado tem por objetivo a instalação do Terminal Hidroviário Internacional de Belém, com infraestrutura para operação de embarcações de grande porte. Os investimentos serão alocados na reforma e adequação do Armazém 10 localizado no Porto de Belém, atualmente desativado e integrado ao Armazém 09, que já se encontra em operação de rotas intermunicipais e receberá também investimentos para reforma de sua estrutura.
O Terminal Internacional contará com os serviços de embarque, desembarque, receptivo, manejo de bagagens e alimentação. Após a realização da COP30 o terminal continuará operando rotas internacionais e domésticas.
Contrato com o governo do Pará, no valor total de R$ 1,5 bilhão, prevê um conjunto de outros investimentos em infraestrutura urbana que se constituem em um legado para a cidade, embora não estejam diretamente relacionados ao conjunto de iniciativas necessárias à realização do evento:
Macrodrenagem e Urbanização do bairro do Mangueirão
Para promover melhorias no acesso e circulação pelo bairro do Mangueirão, mitigando os eventos de inundações e alagamentos na região, os investimentos financiados estão concentrados em três pontos centrais: Canal do Benguí, Canal Nova Marambaia e Rua das Rosas.
Nos Canais do Benguí e da Marambaia serão executadas obras de macrodrenagem e retificação, com o aterro de bolsões de alagamento e a execução de vias marginais, calçadas, sinalização pública, pontes e passarelas, além da adequação, ao longo das margens do canal, das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto.
A Rua das Rosas receberá pavimentação, calçadas, ciclofaixa, sinalização pública, adequação das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto, aterro de bolsões de alagamento e uma praça pública.
Macrodrenagem e Urbanização do Canal Caraparú

O plano de macrodrenagem e urbanização financiado tem por objetivo contribuir para o enfrentamento do problema histórico de inundações e alagamentos em importantes baixadas do município de Belém, tais como os bairros do Guamá, Marco, Terra Firme, Canudos, Curió-Utinga e Universitário, contribuindo para a ocupação ordenada da margem dos rios e a ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais, com impacto na qualidade de vida da população.
O investimento no Canal Caraparu contempla a retificação do canal, com execução das vias marginais, calçadas, ciclovias, sinalização pública, pontes e passarelas, além da adequação, ao longo das margens do canal, das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto. É prevista ainda a delimitação de área para uso coletivo e comunitário, com a construção de uma praça pública.
Macrodrenagem e Urbanização do Canal da Cipriano Santos

O plano de macrodrenagem e urbanização financiado tem por objetivo contribuir para o enfrentamento do problema histórico de inundações e alagamentos em importantes baixadas do município de Belém, tais como os bairros do Guamá, Marco, Terra Firme, Canudos, Curió-Utinga e Universitário, contribuindo para a ocupação ordenada da margem dos rios e a ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais, com impacto na qualidade de vida da população.
O investimento no Canal Cipriano Santos contempla a retificação do canal, com execução das vias marginais, calçadas, ciclovias, sinalização pública, pontes e passarelas, além da adequação, ao longo das margens do canal, das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto. É prevista ainda a delimitação de área para uso coletivo e comunitário, com a construção de uma praça pública.
Macrodrenagem e Urbanização do Canal da Gentil Bittencourt

O plano de macrodrenagem e urbanização financiado tem por objetivo contribuir para o enfrentamento do problema histórico de inundações e alagamentos em importantes baixadas do município de Belém, tais como os bairros do Guamá, Marco, Terra Firme, Canudos, Curió-Utinga e Universitário, contribuindo para a ocupação ordenada da margem dos rios e a ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais, com impacto na qualidade de vida da população.
O investimento no Canal da Gentil Bittencourt contempla a retificação do canal, com execução das vias marginais, calçadas, ciclovias, sinalização pública, pontes e passarelas, além da adequação, ao longo das margens do canal, das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto. É prevista ainda a delimitação de área para uso coletivo e comunitário, com a construção de uma praça pública.
Macrodrenagem e Urbanização dos Canais do Mártir e do Murutucu
O plano de macrodrenagem e urbanização financiado tem por objetivo contribuir para o enfrentamento do problema histórico de inundações e alagamentos em importantes baixadas do município de Belém, tais como os bairros do Guamá, Marco, Terra Firme, Canudos, Curió-Utinga e Universitário, contribuindo para a ocupação ordenada da margem dos rios e a ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais, com impacto na qualidade de vida da população.
O investimento no Canal do Mártir contempla a retificação do canal com execução das vias marginais, calçadas, sinalização pública e implantação ao longo das margens do canal de rede de drenagem.
O investimento no Canal do Murutucu contempla a implantação de canal em talude natural, com pavimentação asfáltica com drenagem superficial, execução das vias marginais ao canal, calçadas, ciclovias e sinalização pública. É prevista ainda a construção de portos fluviais e decks flutuantes, que comporão a nova estrutura proposta para o curso d’água, viabilizando o seu uso pelas populações ribeirinhas.
Macrodrenagem e Urbanização dos Canais Vileta, União, Leal Martins e Timbó

O plano de macrodrenagem e urbanização financiado tem por objetivo contribuir para o enfrentamento do problema histórico de inundações e alagamentos em importantes baixadas do município de Belém, tais como os bairros do Guamá, Marco, Terra Firme, Canudos, Curió-Utinga e Universitário, contribuindo para a ocupação ordenada da margem dos rios e a ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais, com impacto na qualidade de vida da população.
O investimento nos Canais Vileta, União, Leal Martins e Timbó contempla a retificação dos quatro canais, com execução de vias marginais, calçadas, ciclovias, sinalização pública, pontes e passarelas, além da adequação, ao longo das margens do canal, das redes de drenagem, distribuição de água e coletoras de esgoto.
Parque Linear da Almirante Tamandaré

O projeto financiado visa ampliar o acesso a serviços públicos essenciais e promover medidas de ordenamento territorial no entorno do Canal da Tamandaré, por meio de um conjunto de obras que engloba macrodrenagem do Canal da Tamandaré, infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto e implantação de parque linear adjacente, proporcionando uma apropriada ocupação do espaço público e fomentando o turismo e o lazer na região.
O Parque Linear Tamandaré tem sua implantação projetada ao longo do canal da Avenida Almirante Tamandaré e receberá um programa variado de usos, com o objetivo de criar um espaço público de qualidade, integrando-se ao centro histórico e a equipamentos públicos como o Parque Zoobotânico Mangal das Garças e o Terminal Fluvial Tamandaré. O projeto prevê a implantação de extensos passeios com áreas verdes, ciclovia, parque infantil, espaço pet, academia ao ar livre, quiosques de alimentação e espaço para manifestações culturais.
Terminal Fluvial da Tamandaré

O investimento financiado tem por objetivo acelerar o desenvolvimento turístico do município de Belém, com repercussões positivas para os índices de trafegabilidade urbana, segurança pública e ampliação das opções de lazer comunitário disponibilizadas à população.
O Terminal Fluvial Tamandaré atenderá ao transporte intermunicipal de passageiros e será ponto de partida para linhas de transporte até as ilhas de Belém – como Combú, Onças, Praia Grande e tantas outras. O projeto prevê a construção do novo terminal com passarela coberta e plataforma para embarque e desembarque de passageiros, guichês de atendimento, lojas, banheiros, restaurante e varanda no piso superior.
Nova Rua da Marinha

O projeto contempla a ampliação da infraestrutura viária e a redução de alagamentos no bairro da Marambaia, com impacto na mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belém e na qualidade de vida da população.
Interligando a Rodovia Augusto Montenegro à Avenida Centenário, o investimento trará uma nova configuração para a via, com três faixas por sentido, canteiro central, faixas de pedestres elevadas, faixas exclusivas para transporte público, ciclovias e áreas de estacionamento, incluindo a modernização do sistema de drenagem da via.
O BNDES também está restaurando o Conjunto Arquitetônico dos Mercedários. O Banco celebrou contrato com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) no valor total de R$ 36,3 milhões, não reembolsáveis, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O complexo terá atividades acadêmicas, galeria de arte, livraria, ensino de música, dois auditórios e um espaço expositivo. O projeto vai preservar um dos mais importantes patrimônios históricos de Belém e integrar o conjunto à vida cultural e turística da cidade, com foco na COP30.
Também integram a finalidade do contrato a aquisição de equipamentos para o Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (Lacore) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e a criação do Museu de Ciências do Patrimônio Cultural da Amazônia. Está prevista a implantação de uma Escola-Oficina de Conservação e Restauro da Amazônia durante as obras, substituindo temporariamente as atividades da Faculdade de Conservação e Restauro.
Conjunto dos Mercedários e espaço Casa BNDES COP30


Museu das Amazônias

O BNDES participa da criação do Museu das Amazônias por meio de um acordo de cooperação técnica com a Secretaria de Cultura do Pará, oferecendo suporte técnico e articulando novos parceiros para viabilizar o projeto. O museu é uma parceria do BNDES com Governo do Pará, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e Instituto Cultural Vale. O MCTI anunciou investimento de R$ 20 milhões na iniciativa, enquanto o CAF doou 800 mil dólares.
Previsto para ser instalado em Belém como um dos legados da COP30 e lançado em julho de 2024, o museu será um espaço interativo voltado à difusão científica, cultural e educativa sobre a Amazônia, com foco na sustentabilidade, biodiversidade e valorização dos saberes tradicionais dos povos amazônicos. Saiba mais: