28 de janeiro de 2007
BNDES aprova financiamento de R$ 15,8 milhões para pesquisa e desenvolvimento de remédios
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 15,8 milhões para a Libbs Farmacêutica Ltda. pesquisar e desenvolver cinco novos medicamentos: quatro novos contraceptivos orais e um novo agente terapêutico para reposição hormonal. Os recursos, que equivalem a 55,8% do valor total do projeto, de R$ 28,4 milhões, serão liberados no âmbito do Profarma - Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica, do BNDES
A operação financiada pelo Banco contribuirá para o aumento dos investimentos em inovação tecnológica no Brasil e para o crescimento de uma empresa nacional do setor farmacêutico, gerando diferencial de mercado e acúmulo de conhecimento.
O Profarma, constituído em 2004, tem como objetivo contribuir para a criação de companhias nacionais de maior porte e mais competitivas no setor. No período, o Banco já aprovou operações no valor de R$ 677 milhões, valor crescente ao longo dos últimos três anos, e que resultaram em investimentos de R$ 1,4 bilhão. Em 2004, foram aprovados financiamentos totais de R$ 54,2 milhões, em 2005 R$ 65 milhões e em 2006 R$ 558 milhões.
Os recursos financiados pelo BNDES à Libbs serão destinados à compra de equipamentos específicos para análise e desenvolvimento e em estudos clínicos. A Libbs, que atua no mercado farmacêutico, principalmente, nas áreas de ginecologia, cardiovascular, infectológica, músculo-esquelética, dermatologia, gastroenterologia, pediatria e neuropsiquiatria, vem investindo em inovação e já dispõe de estrutura física necessária à execução do projeto, tais como laboratórios e instalações industriais.
A nova unidade tem capacidade anual de 480 milhões de comprimidos e de 8,6 milhões de embalagens de produtos hormonais e atenderá a todas as necessidades previstas, que são, na maturidade do projeto, da ordem de 4,7 milhões de unidades/ano.
Os novos produtos a serem desenvolvidos representam a continuidade da sua estratégia de atuar em nichos de mercado identificados como sendo de necessidades médicas ainda não atendidas.
A estrutura da cadeia produtiva da indústria farmacêutica apresenta quatro estágios evolutivos: pesquisa e desenvolvimento; produção de farmoquímicos; produção de especialidades farmacêuticas: e marketing e comercialização das especialidades farmacêuticas.
A incorporação de um desses estágios, tanto por uma empresa quanto por um país, significa importante salto nas barreiras competitivas. As grandes empresas internacionais da indústria farmacêutica operam nos quatro estágios, distribuídas pelos mais diversos países. No Brasil, a maioria das subsidiárias dessas empresas opera no terceiro e quarto estágios e muito poucas no segundo.
As empresas de controle nacional representam cerca de 30% desse mercado e apenas duas são verticalizadas. A Libbs é uma delas e atua nos quatro estágios evolutivos da cadeia farmacêutica.
Fundada em 1958, quando iniciou sua produção de medicamentos, a Libbs passou a atuar, em 1983, na venda de matérias-primas e farmoquímicos para a indústria farmacêutica. Cada setor de desenvolvimento, farmoquímico e farmacêutico, sofreu influências ao longo dos últimos cinco anos. Atualmente, a farmoquímica busca caminho próprio e oferta produtos para outras farmacêuticas, em particular, para o mercado europeu.