BNDES assina com Noruega contrato de doação de US$ 70 mi para o Fundo Amazônia
O atual aporte da Noruega ao Fundo é 70% superior ao aporte de 2017 Na próxima segunda, 10, e terça-feira, 11, BNDES representará o Fundo Amazônia na COP24, na Polônia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou nesta quinta-feira, 6, com o Ministério de Relações Exteriores da Noruega, um contrato de doação de US$ 70 milhões do governo norueguês para o Fundo Amazônia.
Os recursos doados pela Noruega são referentes ao ano florestal 2017 (de agosto de 2016 a julho de 2017). Essa é a décima quarta doação do país escandinavo para o Fundo Amazônia e representa um aumento de 70% em comparação com os recursos recebidos no ano passado.
A captação de recursos pelo Fundo Amazônia a cada ano é calculada com base nos resultados alcançados pelo Brasil na redução das emissões de carbono provenientes do desmatamento na Amazônia Legal. Para isso, compara-se a taxa anual de desmatamento a uma média histórica de dez anos, ajustada a cada cinco anos. Cabe ao Comitê Técnico do Fundo Amazônia, composto por especialistas renomados, validar a redução efetiva das emissões em cada período.
COP 24 – O BNDES vai estar representando o Fundo Amazônia na 24ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), que acontece entre os dias 03 e 14 de dezembro em Katowice, na Polônia. No dia 10, o Banco realizará uma apresentação sobre financiamento a projetos de recuperação de florestas em larga escala no Brasil e, no dia 11, sobre pagamento por resultados de REDD+ (redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal).
Fundo Amazônia – Criado em 2008 e gerido pelo BNDES, em coordenação com o MMA, o Fundo Amazônia conta com mais de 100 projetos apoiados e é considerado o principal mecanismo internacional de pagamentos por resultados de REDD+. Em outubro deste ano, a iniciativa atingiu a marca de R$ 1 bilhão em desembolsos.
O Fundo apoia 345 instituições de pequeno e médio portes na produção e comercialização de produtos sustentáveis, como açaí, castanha do Brasil, borracha, farinha de mandioca, pesca, artesanato e turismo comunitário, já tendo beneficiado diretamente 142 mil pessoas, contribuindo para a melhoria de vida da população local e para conservação dos recursos naturais.
Entre 2004 e 2017, o Brasil registrou uma diminuição de 72% nas taxas de desmatamento anual na Amazônia, o que permitiu a captação de mais de R$ 3 bilhões em doações para o Fundo Amazônia. Essa redução é considerada uma das principais contribuições no mundo para o enfrentamento da mudança do clima.